sábado, 11 de novembro de 2017

William Waack: bola da vez na algazarra digital

A Rede Globo podia fazer um bom serviço ao país, não cedendo ao justiçamento rotineiro que ocorre nas redes sociais, do politicamente correto e da má-fé dos interesses políticos, partidários, servindo até para o fortalecimento interpares em grupelhos do que se chama agora de “ativistas”. Como todo mundo sabe, a vítima do momento é William Waack, um dos mais preparados profissionais do jornalismo brasileiro. Até lamento que ele esteja esses anos todos na televisão, porque é um dos melhores na palavra escrita, com amplo conhecimento em um assunto no qual o Brasil vai ficando cada vez mais carente, que é a área internacional do jornalismo. Sendo uma terra de paradoxos, no Brasil não podia faltar mais este: na época em que tudo de mais importante e influente é o conhecimento globalizado, morre o nosso jornalismo internacional.

Mas voltando ao afastamento de William Waack, feito pela Globo, a emissora deixa claro na nota que a decisão é até que a situação esteja esclarecida. Bem, eu já acho estranho que a maior empresa de comunicação do país tenha se dobrado de imediato a uma grita nas redes sociais, tendo como única prova material um vídeo no qual nem dá para ouvir direito o que o jornalista diz. Além disso, o vídeo é um daqueles materiais de espera da televisão, até a entrada no ar. Não é uma manifestação racista colocada no ar ou dita em um dos programas comandados pelo jornalista, inclusive um dele próprio, de entrevistas e debates, na Globo News. Sobre essa acusação, por sinal, não existe na longa carreira de Waack absolutamente nenhuma fala sua ou material escrito onde haja sequer uma insinuação que possa ser vista como racismo.

Já apareceram duas figuras que se responsabilizaram pelo vazamento e pela retirada das imagens da Globo, de forma clandestina. São eles o operador de VT Diego Rocha Pereira e o designer gráfico Robson Cordeiro Ramos. O primeiro é ex-funcionário da Rede Globo. Os dois são produtores de uma festa de “música negra” na cidade de São Paulo. Bem, eu sou da opinião de que não existe música negra. O músico B. B. King também achava isso e até se irritava quando diziam que ele fazia “música negra”. Estava certo. Arte de verdade é universal. Além do mais, pobres das crianças negras com esses conceitos que a militância racialista quer fazer emplacar. Já pensaram que tristeza ter que ver, desde pequeno, um Beethoven, um Villa-Lobos e tantos outros gênios como homens de outra raça? Mas é William Waack que eles acusam de racista. Vamos ao fato.

Um dos divulgadores, com acesso como funcionário da emissora ao link do jornalista durante cobertura das eleições americanas de 2016, pegou sem autorização um material que seria descartado. É difícil saber o que está sendo dito, mas pode ser mais um comentário fazendo piada com um comportamento racista. Muitos já fizeram isso, em mesa de bar ou reunião com amigos, com a diferença de que não foi gravado e de que essa pessoa não é alvo político. Não vou entrar em debate aqui se isso está certo ou errado, mas é um fato indiscutível que não é uma piada besta que configura racismo, mesmo moralmente. Bem, aí um ano depois esse material cai na mixórdia da internet brasileira, onde no geral só se destaca o que há de pior e sem substância de qualidade. A isso junte-se também a ciumeira e o ressentimento que rola pesado nos meios profissionais, o que não é pouco no jornalismo brasileiro, principalmente entre o primeiro escalão, dos altos salários e muito poder.

Daí o sucesso do ataque, que não é pelo que William Waack estaria dizendo no vídeo, mas pelo que ele pensa de verdade sobre outras coisas e pelas consequências positivas da sua atuação, principalmente nos últimos tempos, para limpar o país da influência destruidora do projeto de poder da esquerda, não só no Brasil como também em seus planos continentais que abrangem toda a América Latina. Tomara que a Rede Globo resolva pela volta de Waack, o que vai fazer bem não só ao jornalismo da emissora como a todos nós, que já não aturamos mais tanta patrulha, com tanta maledicência e falta de compromisso honesto com o país, nesta algazarra digital que só favorece gente que busca interferência para o favorecimento de grupos e partidos.
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POR José Pires

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